9 Janeiro 2018
Economia circular

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Valérius quer reciclar colecções paradas nos armazéns das marcas

A anunciada aposta da Valérius na reciclagem e na sustentabilidade ambiental passa pelas velhas colecções paradas nos armazéns de grandes marcas para quem produz. “Calculo que possa nascer aqui uma nova indústria, capaz de criar 10 mil postos de trabalho em Portugal”, refere José Vilas Boas Ferreira, o chairman da empresa de Barcelos.

“Fizemos um estudo, que será apresentado no primeiro semestre de 2018, que contabiliza o custo de armazenamento de toneladas de peças de vestuário que as marcas têm guardadas por essa Europa fora. Vamos propor resolver esse problema: vamos recuperar essas peças e dar-lhe uma vida nova, sem que percam valor”, confidenciou o líder da empresa ao Dinheiro Vivo.

Olhando para o que se passa no sector automóvel – “que consegue valorizar cada parafuso de cada veículo e reciclar” – Vilas Boas Ferreira garante que a Valérius quer estar “entre as dez primeiras no Mundo a oferecer soluções ao longo da cadeia de valor”, resolvendo também às marcas de topo para quem produz “o problema de décadas de colecções paradas nos armazéns”.

A aposta da Valérius é que todas a roupas voltem à fábrica para dar origem a novos produtos. E, a par da ambição de ser a primeira empresa europeia do sector a pôr em prática os princípios da economia circular, aponta para que dentro de 5 anos 25% das peças sejam produzidas com têxteis recuperados e que em 10 anos a reciclagem represente já 45% do negócio. Projectos e metas que foram recentemente anunciadas com a apresentação do Projecto 4.0 para a empresa.

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