14 Agosto 20
Moda

António Moreira Gonçalves

Supreme: Portugal presente na primeira feira da rentrée

É o pontapé de saída para o regresso das feiras profissionais. Em Munique, a Supreme Kids abriu esta sexta-feira as portas, reunindo até domingo dezenas de produtores e marcas de moda infantil. A comitiva From Portugal está presente com três expositores, naquela que é a primeira feira profissional desde março. Durante a primeira manhã, as novas medidas de segurança parecem não ter afastado o interesse dos clientes locais na produção made in Portugal.

Baby Gi, Meia Pata e Peter Jo Kids são as marcas portuguesas que mostram ter confiança e vontade de antecipar a retoma. Com o apoio do projecto de internacionalização From Portugal, as três insígnias de moda infantil estão a partir desta sexta-feira, e até domingo, a expor na Supreme Kids, a primeira feira profissional de moda e vestuário a decorrer desde o início de pandemia.

“Parece-nos que marcar presença neste momento mostra uma postura arrojada, focada na diferenciação e na promoção da marca Portugal”, esclarece Alfredo Moreira, co-fundador da marca Baby Gi. Focada no vestuário para crianças dos zero aos seis anos,a empresa vê na Supreme Kids uma boa oportunidade para entrar no mercado alemão, onde já tem alguns clientes pontuais, mas ainda não enraizou a sua presença. “É um dos principais mercados europeus, e esta feira é regional, bastante fechada, mas com um bom desempenho”, afirma o representante da marca.

A feira que arrancou esta manha fica marcada pelo reforço nas medidas de segurança. “A entrada é feita por turnos e organizada em grupos de visitantes. Nota-se uma grande aposta na segurança, o que até já obrigou uma cliente nossa a ter de fazer o check-out e o check-in na feira a meio de uma encomenda. Quebra o ritmo, que será sempre mais lento, mas até agora temos tido visitantes”, conta Carla Areal, CEO da Meia Pata, depois de nas primeiras horas de feira ter recebido a visita de compradores do mercado alemão e polaco.

Especializada em meias para criança, a Meia Pata leva à feira um outro produto cada vez mais relevante. “As meias são um produto mais invernoso, e começamos a investir no swimwear para compensar a sazonalidade”, explica Carla Areal, que na Supreme Kids procura sobretudo clientes e um agente comercial para o mercado alemão.

No stand da Peter Jo Kids, o objetivo é também encontrar um novo agente comercial para o mercado alemão. “Espero encontrar um bom agente, já temos clientes na Alemanha e sabemos que vendemos muito bem, mas procuramos um agente para o mercado local e também para a Áustria”, explica Anna Sheludko, designer da marca, que produz vestuário sustentável para meninas dos 0 aos 12 anos. Ao longo da primeira manhã, a representante da Peter Jo Kids registou a presença de vários visitantes, interessados em conhecer as novidades mesmo com os novos constrangimentos. “A feira está a correr bem, tem aparecido clientes. Entram em grupos e há limites de turnos, tudo corre com as devidas precauções, mas temos conseguido falar com as pessoas”, conta.

A participação das empresas portuguesas na Supreme Kids é uma iniciativa da Selectiva Moda e da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, que visa promover a internacionalização das empresas portuguesas da área da Moda. O projeto “From Portugal” é co-financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020

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