13 Maio 2019
Têxteis técnicos

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Quatro dias para ver o futuro na Messe de Frankfurt

“A indústria têxtil e de vestuário europeia está mais forte do que nunca”, garantiu Detlef Braun, CEO da Messe de Frankfurt, esta manhã, durante a conferência de imprensa de apresentação da Techtextil/Texprocess, que abre amanhã as portas.

“Nos próximos quatro dias são para ver o futuro aqui. Vamos usá-los bem”, acrescentou Detlef Brown, numa reunião no foyer do Hall 4.2 da Messe Frankfurt, um espaço isolado para o efeito por duas mil cadeiras – “são reutilizáveis e feitas de material reciclado”, gracejou.

“Na Europa, os têxteis técnicos já representam cerca de 17% da produção global de ITV. E a Alemanha é o maior exportador mundial de têxteis técnicos, com vendas anuais neste segmento de 13 mil milhões de euros”, revelou o CEO da Messe Frankfurt.

O otimismo revelado por Detlef foi confirmado pelos números fornecidos por Olaf Schmidt, vice-presidente da Messe Frankfurt para a área têxtil. Na edição deste ano, a Techtextil/Techprocess  vai ter mais expositores – 1 818, contra 1 789 em 2017 -, mas de menos países (59, em vez dos 66 da última edição). Uma viagem a Marte foi o tema da feira em 2017. Este ano, a Techtextil/Texprocess voltou  à Terra, subordinando-se ao tema “Como é que vai ser viver na cidade do futuro?”

Com os pés bem assentes na terra, Elgar Straub, diretor geral da VDMA (associação dos fabricantes alemães de maquinaria para a indústria têxtil), veio moderar, também com estatísticas, o otimismo do CEO da Messe Frankfurt. “Vivemos um período de grande incerteza. O Brexit está na boca de toda a gente, há um crescimento dos movimentos nacionalistas em muitos países e a guerra comercial entre os EUA e a China não terá nada de bom para o mundo de negócios”, avisou Elgar Straub.

“Este ano começou sem sinais muito claros. Nos dois primeiros meses, as vendas da indústria alemã de vestuário cresceram 1%, mas em 2018 tinham recuado 4,4%. E as exportações no primeiro bimestre caíram 1,7%, em contraste com a subida de 8,7% no ano passado. Esta insegurança não se verifica só no têxtil e vestuário, mas também noutras indústrias como a automóvel”, conclui o diretor geral da VDMA, parceira da Messe Frankfurt na organização da Texprocess.

 

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