03 setembro 19
Entrevista

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Presidente da ATP alerta: Estamos quase na fadiga fiscal

“Empresas têxteis estão no limite da fadiga fiscal “ é o titulo de capa da entrevista de Mário Jorge Machado, presidente da ATP, à Vida Económica, que faz a manchete da edição de 23 de agosto daquele semanário.

Um olhar duro sobre o momento atual atravessa as duas páginas desta entrevista do novo presidente da ATP, de que respigamos aqui excertos do pensamento de Mário Jorge Machado sobre quatro assuntos chave: carga fiscal, recursos humanos, conjuntura e competitividade.

CARGA FISCAL

“A carga fiscal tem vindo a aumentar paulatinamente, em Portugal, nos últimos anos, nos impostos diretos e nos indiretos. Estamos a atingir recordes e podemos estar a chegar à fadiga fiscal, em que será contraproducente qualquer aumento de impostos pois só trará menos receita fiscal e criará estímulos à evasão. O crescimento económico é sempre inversamente proporcional à carga fiscal”

RECURSOS HUMANOS

“A industria transformadora, em que a têxtil e o vestuário se incluem, vive uma dramática falta de mão de obra qualificada e indiferenciada. Existe uma forte concorrência de outros setores de atividade que oferecem aparentemente melhores condições de trabalho, nomeadamente no que se refere aos serviços, entre os quais pontificam as start ups e o turismo”

CONJUNTURA

“O mercado está a mudar de uma forma mais rápida que a nossa compreensão da realidade. Desde setembro de 2018, a conjuntura alterou-se bruscamente e esta mudança tocou todos os setores da têxtil, incluindo as empresas que trabalham para o automóvel.  Quebra de encomendas e adiamento de decisões sobre programas de produção estão a caraterizar este período menos positivo”

COMPETITIVIDADE

“Para que uma indústria seja competitiva há que analisá-la sob o prisma do custo do factores produtivos: custo do trabalho, custo do dinheiro, custo da energia e custo ambiental, assim como do ambiente business friendly em que pontifica a carga fiscal, a protecção do investimento e o quadro jurídico laboral. Se olharmos para todos eles, o cenário não tem uma perspectiva optimista, antes pelo contrário.      

Leia aqui a entrevista na integra.

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