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A Mehler tem em cima da mesa um projeto de investimento que habilitará a sua fábrica da Martinsville, na Virginia (EUA), a fornecer as indústrias aeroespacial e de Defesa dos Estados Unidos. A decisão final será tomada em setembro, de acordo com declarações feitas ao Dinheiro Vivo por Alberto Tavares, o CEO desta empresa que tem o centro de gravidade em Famalicão e é a divisão de produtos de Engenharia do grupo alemão KAP.
“Estamos convencidos do mérito deste investimento, mas temos de o provar e é essa análise detalhada que estamos a fazer. Fornecendo a partir da Europa nunca poderemos chegar aos grandes projetos aeroespaciais e de defesa porque várias indústrias obrigam a que o material seja produzido localmente”, afirma Alberto Tavares no artigo publicado na edição do último sábado do Dinheiro Vivo e escrito pela jornalista Ilídia Pinto.
Se o investimento na expansão da fábrica norte-americana da Melher for para a frente ela passará a produzir tecidos técnicos para equipamentos de vigilância aérea, para tendas militares, coletes à prova de fogo ou para as lagartas dos tanques.
Com um volume de negócios de 170 milhões de euros, a Melher tem nove fábricas em seis países de três continentes – Alemanha, Portugal, República Checa, EUA, China e Índia – como indica o painel que exibiu na recente Tectêxtil, na Alemanha, em frente ao qual Alberto Tavares (à esquerda) foi fotografado ao lado do secretário de Estado da Economia, João Correia das Neves, o embaixador João Mira Gomes e o director financeiro, Francisco Cruz.
“Temos o melhor de dois mundos, o know how das equipas locais associado a uma gestão das várias unidades como se fossem uma só com nove linhas de fabrico espalhadas pelo mundo”, explica Alberto Tavares, acrescentando que as vendas nos Estados Unidos vão já nos 35 milhões de euros e o objetivo é chegar rapidamente aos 50 milhões.
No ano passado, o grupo KAP procedeu anunciou a fusão das suas operações globais na área dos fios e dos tecidos técnicos para fins industriais sob a chancela da Mehler, liderada por Alberto Tavares. Os responsáveis financeiros e de I&D são também portugueses.