22 Julho 2019
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Marcas destacam a qualidade dos visitantes em Tóquio

No regresso da Interior Lifestyle Tokyo (17/18 Julho) as marcas e empresas portuguesas destacam mais a qualidade do que a quantidade de visitantes. Acreditam ter feito bons e frutuosos contactos, mas como tempo e persistência são condições fundamentais para singrar no mercado do Japão, é ainda cedo para um balanço de resultados.

“Esta foi uma feira que aceitou muito bem a inovação levada pela Lasa e, também pela positiva, destacava a qualidade dos compradores, embora não na quantidade por nós prevista”, resume Casimiro Lemos, o Export Manager da empresa, cuja análise vai em linha com a do representante da Fábrica Tecidos Carvalho.  “Os contactos que fizemos foram bons e regressamos com perspetivas positivas”, conclui o gestor comercial, Tiago Lopes, que aponta “menos contactos e uma menor afluência de pessoas na feira”, mas faz questão de “ressalvar o trabalho positivo da Selectiva Moda, diria até excepcional”.

“O posicionamento do Pavilhão From Portugal foi  muito bom”, destaca, por outro lado, o CEO d Apertex, Fernando Pereira, que preferia um calendário antecipado. “A data da feira foi muito tardia e faz com que desenvolvimentos para curto prazo caiam por terra, pelo menos na nossa área de negócio”, anota, registando “o número de visitantes muito reduzido comparando com a edição passada”.

Também por parte da António Salgado “o balanço é positivo e os contactos recebidos são muito interessantes, assegurando o retorno do investimento efectuado”, referem as representantes Sandra Marinho (Comercial) Carla Augusta (Departamento Desenvolvimento), tal como por parte da Mundotextil. “A nossa participação na Interior Lifestyle Tokyo acabou por trazer aquilo que procurávamos. Manter e fortalecer os laços já criados com alguns clientes e dar a conhecer a nossa capacidade de corresponder às expetativas e requisitos deste mercado tão exigente que é o Japão”, resume a administradora Helena Pinheiro.

Por parte da Ditto, o CEO Mário Lobo, destaca a importância que um mercado com a “sofisticação e dimensão” do Japão, “ao qual a nossa coleção Byline se adequa muito bem”, enquanto a estreante Vicara regressa com muito boas perspectivas. “Superou as nossas expectativas, Tivemos contactos que esperamos possam vir a ser bons futuros negócios e que nos tragam ao Japão mais vezes”, refere Paulo Sellmayer.

A ideia de tempo e persistência nos negócios com o Japão é igualmente destacada pelos ciradores. “Nesta edição consegui consolidar alguns negócios, ter noção que a marca de alguma forma começa a ser reconhecida e o saldo desta feira foi bem positivo”, diz Cláudia Nair Oliveira, a criadora da Maria Paperdolls.

Para Sérgio Malpique, da Invidro, “a feira foi uma verdadeira aprendizagem para o meu percurso enquanto criador e promotor do meu trabalho. O design das peças, a apresentação das mesmas, só aqui se vê tanto cuidado. Foi uma experiência positiva. Em relação aos contactos estabelecidos não tenho ideia do seguimento futuro, mas percebi que houve interesse”. Também  a criadora da Little Nothing by Paula Castro, se mostra “feliz pelo feedback relativo ao meu trabalho e pelo possível interesse de compras por parte de alguns visitantes”.

As marcas e empresas portuguesas estiveram na Interior Lifestyle Tokyo enquadradas pelo projeto From Portugal, uma iniciativa da Selectiva Moda e da ATP que visa promover a internacionalização das marcas e empresas do sistema têxtil e de moda português. O projeto co-financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020 – Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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