10 Fevereiro 21
Circularidade

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Luxo em segunda mão representa 41 mil milhões por ano

No início de 2020, as vendas de artigos de luxo em segunda mão estavam a crescer três vezes mais rápido que o mercado de moda primário, afirmando-se como uma tendência que veio para ficar. A poupança, a sustentabilidade e circularidade são alguns dos fatores que mais pesam na hora de comprar, e as projeções apontam para que, até 2023, este mercado vá duplicar o seu volume de negócios, atingindo os 41 mil milhões de euros.

No caso das plataformas multimarca online de venda de artigos de luxo, como é o caso da The RealReal e a Vestiaire Collective, que cobram uma comissão de 20%, ou até superior, por cada peça vendida, esta nova tendência de compra pode representar receitas de cerca de 120 mil milhões de dólares no anos que se seguem.

De acordo com a revendedora americana ThredUp, cerca de 60% do guarda-roupa da mulher é inutilizado, o que representa cerca de 600 mil milhões de dólares em mercadorias à espera de voltarem a circular no mercado, calcula a Breakingviews, seguindo as estimativas da Bain & Co.

Uma oportunidade que ninguém quer perder e que já fez com que algumas marcas de luxo, como a Gucci e a Burberry, estejam a desenvolver projetos piloto para incorporarem nas suas lojas artigos em segunda mão das suas marcas.

Um negócio de futuro e que esta em grande parte alicerçado no despertar, junto dos consumidores, da questão da problemática da sustentabilidade: segundo o World Economic Forum, a indústria de moda era responsável por 10% das emissões globais anuais de carbono e também o segundo maior consumidor de água.

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