16 Fevereiro 2018
Moda

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Louis Vuitton na origem dos bons resultados do grupo

O sector da moda foi o principal responsável pelos bons resultados bolsistas conseguidos pela LVMH em 2017, que tem a Louis Vuitton como principal marca do grupo, com as suas ações a subirem mais de 5%. “Para a divisão de Moda, foi um ano magnífico, com vendas de 15,47 mil milhões de euros e um aumento de 21%”, resumiu o diretor financeiro do grupo, Jean-Jacques Guiony.

Em julho de 2017, a Rimowa e a Christian Dior Couture passaram a fazer parte do universo da empresa, compensando a saída da Donna Karan em dezembro de 2016. Esse impacto no perímetro de consolidação “contribuiu de forma muito favorável, na ordem de 6-7%”, para o aumento de 27% no lucro operacional vigente da divisão, que ascendeu a 4,9 mil milhões de euros em 2017, com uma margem de 31,7% nas vendas na divisão de moda e artigos de couro.

Para o CEO da LVMH, Bernard Arnault, estes resultados podem ser explicados não só por “um mercado global dinâmico com um ambiente favorável, que contribui para todas as marcas”, mas também pela capacidade dessas marcas em levar para o mercado produtos criativos e inovadores. “No entanto, nem tudo foi fácil, especialmente no que se refere à produção e aos contratempos relacionados com o comercial”.

“A Louis Vuitton controla totalmente a sua distribuição. É uma ótima estratégia para a imagem da marca e a rentabilidade. Obviamente, isso não pode ser feito com todas as marcas, mas gostaríamos de aplicar esta estratégia tanto quanto possível às nossas marcas mais fortes, como a Dior. A ideia é tirar gradualmente a marca das vendas por atacado para a aproximar do modelo de negócios da Louis Vuitton”, explicou o empresário.

O outro grande projeto de moda para 2018 abrange a Céline, uma marca para a qual a LVMH tem grandes ambições. Com o designer “superstar” Hedi Slimane na direção criativa, Bernard Arnault pretende fazer da Céline “uma das principais marcas do mundo”. “Temos todos os ativos para alcançar em cinco anos de 2 a 3 mil milhões de euros em volume de negócios, o que representa o dobro ou o triplo do que a marca regista atualmente”, acrescentou Arnault.

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