26 novembro 20
Indústria

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Governo anuncia novos apoios para empresas exportadoras

O ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, revelou no Simpósio Têxtil desta tarde que “o Banco Português de Fomento vai lançar uma nova linha de crédito às empresas exportadoras especialmente pensada para as indústrias de trabalho intensivo, permitindo conceder crédito em função do número de postos de trabalho das empresa e com a possibilidade de converter 20% do valor do crédito em subsídio a fundo perdido no final de 2021”.

No encerramento do Fórum da Indústria Têxtil, que teve lugar ao longo da tarde, o ministro disse ainda que o Governo está a trabalhar noutras soluções para apoiar as empresas, tendo destacado que parte delas seguirão para o segmento da formação profissional. Pedro Siza Vieira destacou ainda que o Orçamento do Estado prevê que as medidas de apoio à manutenção do emprego serão prolongadas até pelo menos ao final do terceiro trimestre do próximo ano.

O ministro da Economia referiu também – ainda do lado das empresas exportadoras – que o Governo, em aliança com a União Europeia – está a contribuir para a criação de um ambiente propício à indústria no seio dos 27, nomeadamente com a articulação de uma maior fiscalização do cumprimento de normas sociais e ambientais por parte dos produtores que ‘invadem’ a União Europeia com os seus produtos. É uma forma de tentar acabar com a concorrência desleal de que uma parte substancial do setor têxtil se queixa, e que tem sido danosa para a indústria portuguesa.

Pedro Siza Vieira, que não quis deixar de enaltecer o contributo das associações em geral e do setor têxtil em particular para, em articulação com o Governo, a criação de mecanismos de resposta à pandemia, disse ainda que os acordos comerciais fechados com países terceiros vão ser fiscalizados, na tentativa de obrigar ao cumprimento das suas regras.

“O trabalho contante e o diálogo sempre articulado com as associações representantes do setor” é de enaltecer, disse, para concluir dizendo que “apesar das dificuldades, as empresas têxteis vão ultrapassar o momento difícil”, uma vez que há muito que apostara, “na qualidade do serviço, na flexibilidade da oferta e na resiliência” da sua gestão.

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