13 janeiro 20
Banca

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El Corte Inglés quer entrar na banca comercial

O grupo Corte Inglés quer ter um banco universal através do qual possa oferecer serviços financeiros a clientes particulares, mas também empréstimos a pequenas e médias empresas, segundo avança o jornal El Confidencial. O pedido de autorização para ter uma licença de operação no sistema financeiro já foi entregue ao banco central espanhol.

O Corte Inglés já conta com a disponibilização de cartões através de uma sociedade financeira de crédito do grupo, lançada em parceria com o Banco Santander – e o lançamento de um banco universal seria um projecto apoiado também pelo Santander.

A criação de um banco permitira fazer o mesmo com a concessão de crédito ao consumidor através da sociedade financeira El Corte Inglés, empresa na qual o Banco Santander tem 51% do capital desde outubro de 2013.

A decisão de avançar para a banca é suportada pelo CEO do grupo de distribuição, Victor del Pozo e apoiada pelo conselho de admininistração, liderado por Marta Álvarez Guil.

Segundo fontes citadas pelo El Confidencial, o grupo querer ainda passar a fornecer serviços financeiros a empresas e até, numa fase posterior, serviços de gestão de património, associada à oferta de seguros que já existe. Tudo para compensar a quebra das vendas em loja, já que estes segmentos são um negócio com muito potencial de crescimento, segundo o Corte Inglés.

As alterações no seio do grupo podem passar também pela abertura do capital social em bolsa: Hamed Thani, o xeque do Qatar que controla 10% do El Corte Inglés, solicitou à administração a análise dessa possibilidade, que surge na sequência de um financiamento de mil milhões de euros que aquele investidor fez há quatro anos e cujo contrato especifica que o empresário qatar poderia, a partir do quinto ano (que se cumpre em 2020), reivindicar a recuperação dos seus créditos por meio de um IPO da empresa.

O Corte Inglés encerrou seu último ano fiscal (a 28 de fevereiro de 2019) com lucros de 258,2 milhões de euros, 27,7% mais que no ano anterior, e receita de 15,783 milhões de euros (mais 1,1%), ao mesmo tempo que tem em marcha o plano de venda de ativos imobiliários para baixar a dívida líquida.

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