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Com nomes como Agatha Ruis de La Prada, El Corte Inglès ou Inditex entre os seus clientes, a empresa Crispim Abreu é destacada pela revista Pinker Moda como uma referência para as principais marcas espanholas.
É desde há muito tempo uma das mais importantes e – mais que os artigos desportivos ou técnicos – está mais vocacionada para ao mundo da moda, explica aquela revista profissional do têxtil e da moda do país vizinho.
Esta é mais uma crónica da visita que a revista fez por oito empresas do têxtil português, “um sector composto por pequenas e médias empresas, com uma forte mentalidade industrial e de boa saúde devido à sua especialização, à sua dedicação aos artigos técnicos e de elevado valor acrescentado”.
“De facto, em geral trabalham pouco com marcas próprias”, carateriza a revista, destacando ainda que “este é um sector que está já muito comprometido – e de forma séria – com a sustentabilidade e menos com a digitalização”.
A reportagem destaca que entre as empresas visitadas, a Crispim Abreu “é a que parece ter uma maior relação com clientes espanhóis”. E desfila grupos e marcas – Ese O Ese, Sita Murt, Inditex, El Corte Inglés y Ágatha Ruiz de la Prada – para concluir que é desde à muito uma das mais importantes e uma referência para as marcas espanholas.
“Nasceu em 1981 no vale do Ave, considerado o berço da têxtil portuguesa, criada por Crispim Abreu, que se mantém como seu director e gerente”, avança a revista, que refere “o seu trabalho de I+D apoiado numa equipa própria que funciona em colaboração com instituições universitárias, como a Escola de Biotecnologia da Universidade Católica, CITEVE, CeNTI e as faculdades de Medicina e Farmácia da Universidade do Porto”.
Conta também que tem uma filial em Moçambique, uma empresa dedicada à produção de algodão que pertenceu à Riopele e foi a primeira fábrica têxtil a funcionar na antiga colónia portuguesa.
Com um modelo de negócio que passa ao lado das marcas próprias, “tal como muitas das empresas portuguesas”, sublinha a Pinker Moda, a Crispim Abreu produz para as marcas que querem contar com a sai capacidade produtiva. “É um modelo de negócio pouco glamoroso, mas que funciona”, conclui a revista citando João Abreu, o filho dos administradores Crispim e Virgínia Abreu (foto) que guiou os repórteres espanhóis na vista à empresa.