09 fevereiro 21
Comércio

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Comércio com o Reino Unido vai gerar novos custos

As empresas têxteis continuam a trabalhar para o mercado do Reino Unido, tendo para já apenas detetado algum acréscimo de burocracia – que resulta necessariamente no aumento das despesas (nomeadamente nos envios) – mas o Acordo de Livre Comércio entre o Reino Unido e a União Europeia traz novidades que vão impactar negativamente nos custos operativos do comércio bilateral.

A nova relação comercial vai gerar o aparecimento de custos económicos adicionais e de desafios logísticos para o tecido empresarial. “Por setores industriais, o têxtil, o automóvel, e as tecnologia de ponta podem ser afetados significativamente”, segundo adianta um estudo da segurada Crédito y Caución.

O acordo prevê um comércio de mercadorias livre de tarifas, mas apenas regulamenta o intercâmbio de serviços, que representa cerca de 80% da economia britânica e 45% de seu comércio externo. O texto, que mantém o Tribunal de Justiça da União Europeia fora do acordo comercial – uma imposição do governo de Boris Johnson – contém, no entanto, importantes concessões britânicas sobre o reconhecimento das suas obrigações financeiras para com a União, o tratamento da fronteira irlandesa e a concorrência em igualdade de condições.

Desde os primeiros dias de janeiro, o tráfego portuário diminuiu em relação ao ano anterior. A longo prazo, “mantêm-se as preocupações logísticas devido às dificuldades de acesso à documentação de trânsito, num contexto de revisão do software por parte da autoridade alfandegária do Reino Unido”.

Assim, para a seguradora, “a complexidade do novo contexto aumenta a importância de uma estratégia sólida de gestão do risco comercial nas relações de negócio com clientes do Reino Unido.

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