10 Setembro 2018
Sustentabilidade

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Burberry deixa de usar peles e de queimar o stock não vendido

O futuro da Burberry promete ser mais sustentável. Para além de deixar de queimar os artigos não vendidos, a marca de luxo britânica anunciou ainda que vai abandonar a utilização de peles de animais. Uma decisão com efeitos imediatos e que já será reflectida na próxima colecção.

Em comunicado, a marca anunciou estar a implementar um programa de responsabilidade ambiental de 5 anos, com o objetivo de reduzir a sua pegada ecológica. Um anúncio que parece surgir em resposta às notícias que davam conta da destruição de 32 milhões de euros em stock remanescente, apenas em 2017. Uma prática que a Burberry justificou com a necessidade de salvaguardar o legado da marca, mas que acabou por levantar muitas críticas por parte de organizações ambientais.

Nesta nova tomada de posição, a casa de moda britânica afirma estar focada numa mudança positiva e promete combater o desperdício através de outros meios: “já reusamos, reparamos, doamos e reciclamos produtos que não são vendidos e vamos continuar a fazê-lo”. Para além de deixar de queimar os artigos não vendidos, a Burberry abandona também a utilização de peles de animais. Uma decisão que será reflectida já na próxima colecção da marca, que será apresentada no dia 17 de Setembro, na London Fashion Week.

O anúncio da marca foi bem recebido por parte das organizações ambientes, que antes lhe tinham apontado o dedo. “Este é um sinal necessário para que haja uma mudança de mentalidades na indústria da moda” afirmou Kirsten Brodde, líder do programa “Detox my fashion”, da Greenpeace.

 

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