20 julho 20
Empresas

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ATP reclama a extensão do lay-off simplificado

O efeito da crise é uma cadeia sem fim e, por isso, o sector têxtil reclama a manutenção do regime de lay-off simplificado, pelo menos até abril do próximo ano. O presidente da ATP, Mário Jorge Machado, alerta que a alteração do regime pode desencadear problemas sérios de desemprego.

“Vai levar muitos meses a ultrapassar a crise económica que estamos a atravessar e a recuperar os comportamentos de consumo habituais. Retirar precocemente o apoio que permitiu salvar empregos é deitar por terra todo o esforço dos últimos meses”, adverte o presidente da ATP, Mário Jorge Machado, em declarações publicadas na edição deste sábado do jornal Dinheiro Vivo.

O dirigente associativo questiona também a objectividade das alterações: “Uma empresa que esteja a facturar menos do que aquilo para que está dimensionada está a perder dinheiro, como se pode definir que o acesso ao lay-off é só para quem tenha quebras superiores a 40%?”

Num cenário em que as empresas enfrentam grande incerteza quanto às encomendas para o período após as férias, o presidente da ATP reconhece que a preocupação se adensa, até não se sabe quanto tempo perdurarão os condicionalismos e as restrições em termos de contacto social.

“O sector têxtil vive dos comportamentos sociais, se as pessoas saem pouco não têm necessidade de comprar roupa e, por isso, se o lay-off não for ajustado a esta realidade, não tenho dúvidas que vamos ter problemas sérios de desemprego”, previne, concluindo que as novas regras de acesso ao lay-off só podem ter sido desenhadas por quem não conhece a realidade das empresas.

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