02 Setembro 20
Feiras internacionais

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Ao segundo dia, a Fabric Days mantém o mesmo dinamismo

Ao segundo dia, a Fabric Days de Munique continua a bom ritmo para os expositores portugueses presentes nesta versão concentrada da tradicional Munich Fabric Start: para além do aumento considerável do número de compradores que percorrem os corredores da feira, também dentro da maioria dos stands portugueses o sentimento é positivo.

Com a feira a encerrar esta quinta-feira, a SanMartin registou mais um dia de grande afluência de clientes no stand da empresa portuguesa, depois de já ontem ter tido uma grande procura. Entre o atendimento a dois clientes Nuno Lemos, gerente da SanMartin, conseguiu dizer ao T Jornal que “nunca esperava ter tanto movimento”.

“Apesar de termos feito um grande trabalho de casa e de termos vindo para cá com bastantes agendamentos, fomos surpreendidos por visitas de potenciais novos clientes e compradores com quem não contávamos” revela-nos Nuno Lemos, enquanto conta que a maioria dos visitantes são alemães da zona da Baviera.

Movimento idêntico tem assistido quem passa pelo stand da Riopele que, apesar de confessar uma menor circulação geral de pessoas relativamente às edições da Munich Fabric Start, está a trabalhar ao nível de anos anteriores. “Ontem trabalhámos muito bem, não menos que o habitual. Claro que este ano houve uma maior organização prévia e mais agendamentos o que, em boa verdade, até nos agrada porque nos permite dedicar uma atenção muito maior a cada clientes” refere Ana Vaz, gestora de mercado da empresa.

Sem nunca ter parado de laborar durante os meses de confinamento, a gestora da Riopele diz que “ainda não sofremos muito com esta situação e entregamos todas as encomendas a tempo e horas”, mas não esconde que a imprevisibilidade do futuro requer cautela e uma grande ginástica financeira.

“Temos uma relação muito próxima com os nossos clientes e soubemos agir, criámos uma zona de conference call para mostrar a coleção a clientes de todo o mundo… Mas é evidente que houve uma redução das encomendas e que o volume de negócios será inferior ao do ano passado” diz Ana Vaz.

Evidenciar capacidade de inovação e estar próxima dos clientes foram os principais motivos para que a Somelos marcasse presença nesta que é a primeira feira a realizar-se fisicamente desde Março passado. “É muito importante estar com os clientes, mostrar-lhes como funcionam os nossos tecidos no produto final, obter feedback cara a cara”, afirma Sofia Sampaio, comercial da empresa especializada em camisaria. O primeiro dia e meio da Fabric Days desenrolou-se de acordo com as expectativas da Somelos que, para além de um grande volume de clientes alemães, teve reuniões com compradores holandeses, austríacos e belgas.

Também a Albano Morgado revela que só no primeiro dia de feira recebeu mais de 20 compradores e que a manhã de hoje se mostra igualmente movimentada.

Já a Fitecom diz-se “surpreendida” pelo volume de contactos estabelecidos até ao momento.

A participação das empresas portuguesas na Fabric Days no âmbito do From Portugal é uma iniciativa da Selectiva Moda e da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal. O projecto que visa promover a internacionalização das empresas portuguesas da área da Moda é co-financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020.

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