T
A revolução no tecido económico a partir das PME de base familiar, a procura de inovação e o dinamismo empresarial são destacados pelo primeiro-ministro numa longa entrevista ao jornal Público. António Costa fala até em “Ronaldos do sector económico”, onde inclui os “campeões do têxtil técnico”.
Falando da mudança de paradigma competitivo dos baixos salários para a valorização, o chefe do governo destaca o papel e o dinamismo das PME e o capital de massa crítica que representam na mudança em curso.
“A boa notícia ou o sinal mais importante é que os nossos empresários têm sido capazes e demonstrar que essa mudança é possível. Curiosamente, penso que uma das razões pelas quais isso acontece é que o essencial do nosso tecido económico está assente em PME de base familiar – o que durante muitos anos foi uma limitação – e numa mudança geracional que está a permitir acelerar muito a qualificação da gestão e a reorientação das empresas para novos factores de competitividade”, destaca António Costa.
Falando sobre política industrial, articulação entre as instituições do Estado e o tecido empresarial, o primeiro-ministro volta a apontar “a grande massa crítica do nosso tecido empresarial que são as PME”, depois de durante alguns anos “se pensar que a criação de grandes campeões nacionais em áreas de ponta estaria em grandes empresas, como a PT nas telecomunicações ou a EDP na energia, como motores da transformação da economia”.
António Costa conclui a seguir que temos hoje “uma muito grande variedade de empresas que são campeãs à escala global – ‘Ronaldos’ do seu sector económico”, entre as quais cita explicitamente “os campeões do têxtil técnico”.
Por isso diz ainda, “compete ao Estado um papel fundamental na criação de condições institucionais para que as PME tenham condições e ser campeões nos seus nichos de mercado”.