02 janeiro 23
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Prazos de pagamento das PME continuam a derrapar

De acordo com o inquérito de outono do Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal, da responsabilidade da Crédito y Caución, 81% das empresas têm de aceitar prazos de pagamento superiores aos desejados para poderem manter a sua carteira de clientes. As PME são as que mais dificuldades apresentam no cumprimento das suas obrigações.

“O agravamento é especialmente significativo entre as grandes empresas: 40% veem-se obrigadas a aceitar uma extensão dos prazos de pagamento dos seus grandes clientes face aos 33% de há um ano”, refere o estudo.

As PME são o segmento que apresenta pior comportamento: 46% das empresas veem-se obrigadas a aceitar uma extensão dos prazos de pagamento dos seus clientes de pequena ou média dimensão, quatro pontos mais que há um ano.

Ao abordar as razões que explicam a morosidade empresarial, o inquérito reflete um crescimento significativo (dez pontos) na falta de disponibilidade de fundos por parte dos clientes. Os problemas financeiros constituem a razão mais citada, claramente à frente do atraso intencional dos clientes, da complexidade dos procedimentos de pagamento, das disputas sobre a qualidade dos bens e serviços ou de erros na emissão de faturas.

Apenas 43% das empresas trabalha com prazos de cobrança inferiores a 60 dias previstos. O dado representa um agravamento de sete pontos percentuais em relação aos valores de há um ano.

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