20 outubro 2017
Lanifícios

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A Fitecom tem um vício: a modernização permanente

A modernização permanente é o virtuoso vício da Fitecom, que todos os anos investe na aquisição de novos equipamentos pelo menos um montante superior a 5% da sua faturação, o que tem como resultado que o seu parque de máquinas ainda não tenha sequer chegado à adolescência: a idade média oscila entre os dez e os doze anos.

“Anualmente investimos entre meio a um milhão de euros em máquinas”, conta João Carvalho, CEO da Fitecom (foto), que este ano comprou uma nova ramela e dois contínuos. Para 2018 está já programado um investimento de um milhão de euros na área de acabamentos.

A Fitecom espera fechar este exercício com um volume de negócios a rondar os 13 milhões de euros, um crescimento notável relativamente aos 11 milhões faturados em 2016, um exercício em que sofreu as consequências do aumento do preço da matéria prima.

“Ao contrário de muitos dos meus concorrentes, fiz refletir logo no preço dos tecidos o aumento do preço das lãs. Houve gente a fazer loucuras  em ternos de preços, mas eu não alinhei nisso. Prefiro vender menos do que perder dinheiro”, afirma João Carvalho, um engenheiro têxtil que foi professor na UBI e começou por trabalhar por conta de outrem antes de se aventurar a ser empresário.

Os ventos, no entretanto, mudaram.  “Em setembro, na Munich Fabric Start e Première Vision, ninguém me veio dizer que os nossos preços eram altos. Eu sei que temos uma relação qualidade/preço muito competitiva”, acrescenta o CEO da Fitecom, que além do negócio nos lanifícios também é um grande produtor de vinho (Quinta dos Termos).

A modernização permanente não é a única mania de João Carvalho, que também tem o vício da novidade e faz questão de apresentar 250 padrões novos (para além dos clássicos básicos), por estação.      

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