Paulo Vaz
Escrevi recentemente, num semanário especializado em temas económicos, que estávamos a caminhar para uma tempestade perfeita; ou melhor, face às circunstâncias e à convergência de acontecimentos, de uma tempestade mais que perfeita, atendendo que à crise sanitária, se juntou uma crise económica, de que a disrupção das cadeias de fornecimento, o aumento exponencial das matérias-primas, da energia, dos transportes e dos salários, correspondente à manifesta escassez de todos estes fatores produtivos em simultâneo, é a expressão mais evidente, para agora estar rematada, entre nós, por uma crise política inesperada, antecipando com elevada probabilidade uma crise financeira. O aumento da inflação determinará o disparar do custo do dinheiro nos mercados internacionais e os países mais endividados como Portugal estarão na primeira linha do seu impacto negativo, o que finalizará com uma crise social, pois serão sempre os mais vulneráveis a sofrer as consequências dos desequilíbrios precedentes.
Ler MaisNas últimas duas décadas, a Indústria Têxtil e Vestuário portuguesa foi do inferno ao céu, para ser novamente projetada no abismo.
Ler MaisA indústria da moda, que conhecíamos, já estava em crise antes da pandemia do Covid 19, mas esta acelerou exponencialmente o processo de transição em curso. O problema é saber para onde nos está a conduzir esta transformação. Não sei e desconfio que ninguém sabe.
Ler MaisO ano de 2020 será recordado não apenas como o da pandemia, mas como o acelerador da História, que irá moldar todo o resto do século XXI. Havia muitas coisas em que já percebíamos a mudança, mas o seu ritmo, relativamente lento, permitia-nos digerir a transformação e, sobretudo, adiar muitas das ações que nos obrigavam a acompanhá-la.
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