07 maio 24
Indústria

Bebiana Rocha

U. Minho inquire sobre emprego na engenharia têxtil

A Universidade do Minho está a realizar um inquérito sobre emprego na engenharia têxtil e pede a colaboração das empresas do sector para conseguir, aos olhos da opinião pública e da governação, demonstrar a importância do Engenheiro Têxtil em contexto laboral.

“Temos tido falta de candidatos ao curso de Engenharia Têxtil nos últimos anos, apesar dos nossos esforços em divulgar as licenciaturas e mestrados junto das escolas e da comunicação social”, contextualiza Hélder Carvalho, diretor do departamento de engenharia têxtil da Universidade do Minho.

“A indústria têm-nos abordado no sentido de conseguir candidatos para esta vaga de emprego, sentem falta de mão de obra qualificada, que queremos proporcionar”, adianta ao T Jornal o docente. “O Engenheiro Têxtil tem um papel importante no desenvolvimento de produto, seja têxtil convencional, têxtil-lar ou têxtil técnico, há procura de profissionais para a área automóvel, medicina e também aeronáutica”, descreve, dando um exemplo: “os pneus da Continental têm uma base têxtil muito forte”.

A necessidade do Engenheiro Têxtil, segundo Hélder Carvalho, está também nos geotêxteis/construção civil, na gestão de produção, onde garante ser “preciso quem conheça os processos de produção do início ao fim, para planear produções, unidades de produção, fazer a gestão das máquinas”. Por fim, o Engenheiro Têxtil pode ainda exercer funções na área comercial, quando se tratam de produtos de elevada tecnicidade onde é preciso explicar ao cliente a sua aplicação.

Vítor Fernandes da TMG admite ser uma necessidade que sentem dentro do grupo: “há uma lacuna de engenheiros têxteis, que são precisos em diferentes etapas produtivas. As funções de Engenheiro Têxtil estão muitas vezes a ser desempenhadas por pessoas sem formação nessa área”, começa por dizer ao T Jornal.

“Somos um grupo verticalizado, são precisos vários engenheiros têxteis para diferentes áreas. Não só na componente automóvel mas do workwear – o fardamento exige uma componente muito técnica em termos de estrutura têxtil e acabamento – e do desporto, que é uma ponte entre a exigência técnica do fardamento e a parte estética da moda”, nota o executive board member do grupo TMG.

Partilhar