06 janeiro 23
ITV

Maria Monteiro

Têxtil indiana prepara-se para exportar para a Europa

A Índia prepara-se para ser uma alternativa à China no fabrico e vestuário, e a Confederação da Indústria Têxtil Indiana (CITI) apresentou agora ao governo um ambicioso plano de investimentos. O objetivo é criar condições para poderem responder às exigências de sustentabilidade e rastreabilidade agora exigidas para poderem exportar para a Europa.

A CITI espera que esses objetivos sejam acomodados no próximos orçamento 2023-24 da União Indiana, designadamente um esquema de incentivos às empresas que se proponham exportar para a UE, para que se possam equipar com as tecnologias que conduzam à produção sustentável.

Internamente o cluster têxtil quer também que o governo dê prioridade à criação do Fundo Nacional Têxtil, que está neste momento em discussão no Ministério dos Têxteis, com o objetivo de financiar e promover investimentos na pesquisa e no desenvolvimento de nova tecnologia para a indústria têxtil e vestuário.

Recorde-se que em outubro último, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anunciou um plano global de investimentos e apoio à rápida instalação de grandes empresas, que pretende posicionar o país como complemento à produção na China. A conetividade, infraestruturas, estruturas logísticas e de mobilidade são a grandes apostas.

Dirigido a todos os sectores de atividade, o plano assenta numa plataforma digital que concentra 16 ministérios oferecendo aos investidores e empresas uma solução completa para a concepção de projetos, aprovações e estimativa de custos, segundo noticiou o canal Bloomberg.

“O objetivo é que as empresas globais escolham a Índia como seu centro de fabricação e a missão é concretizar projetos sem excesso de tempo e de custo”, disse Amrit Lal Meena, secretário especial de logística do Ministério do Comércio e Indústria. O vasto plano de investimentos anunciado por Modo contabiliza cerca de 100 milhões de milhões de rupias, à volta de 1,4 mil milhões de euros.

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