16 agosto 22
Indústria

T

Têxteis dos Estados Unidos cada vez mais longe da Ásia

Mais de 60% das empresas norte-americanas do sector têxtil e da moda aumentaram os seus fornecimentos nos mercados de proximidade, abandonando paulatinamente as compras nos países asiáticos, segundo revela o mais recentes estudo da US Fashion Industry Association (USFIA).

É uma oportunidade para a indústria europeia – focada na circularidade e na sustentabilidade, como é o caso da portuguesa – mas talvez não imediatamente. É que a alteração dos fornecedores tem privilegiado, como seria de esperar, os países subscritores do Tratado de Livre Comércio entre Estados Unidos, América Central e República Dominicana (CAFTA-DR) Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e República Dominicana são os países envolvidos.

Segundo a USFIA, 3% das empresas norte-americanas revelam que o aumento das compras nos países CACFA-DR será “substancial”, mas 95% planeia aumentar a sua exposição à região, a que já recorrem neste momento. Ao mesmo tempo, cerca de 33% tem pelo menos 10% do seu sourcing em países da América Central.

Nos últimos anos, a região ganhou peso como polo de fornecimento de empresas norte-americanas. A principal vantagem para 80% das empresas norte-americanas que se abastecem em países da América Central é o quadro tributário, com a flexibilidade logo a seguir.

Mas, como recorda o estudo, a indústria têxtil dos países da América Central ainda tem um longo caminho a percorrer, principalmente em termos de oferta de produção com recurso a matérias-primas alternativas, e mesmo da capacidade produtiva – que ainda não consegue dar resposta à procura. É neste contexto que as empresas europeias têm uma oportunidade que vale a pena não descurar.

Partilhar