28 setembro 22
Economia

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Crescimento da China fica atrás do resto da Ásia

Pela primeira vez desde 1990, as projeções do Banco Mundial para o PIB da China, de apenas 2,8% para 2022, ficam atrás do crescimento do total da região do leste da Ásia e Pacífico, que asseguram uma expansão da ordem dos 5,3%.

O Banco Mundial atribui a desaceleração económica da maior economia do mundo tanto à política Covid Zero, que provocou o confinamento estrito em várias cidades do país, como à crise no mercado imobiliário.

Os 2,8% de crescimento em 2022 comparam com a aceleração de 8,1% registada no ano passado. Em abril, aquela entidade estimava que a China aumentaria o PIB em 5% em relação ao ano anterior, previsão que foi agora reduzida em 2,2 pontos percentuais.

Ao contrário, as perspetivas económicas para o leste asiático e o Pacífico (excluindo a China) melhoraram: o crescimento de 5,3% em 2022 compara com os 2,6% do ano anterior. O Banco Mundial sustenta que a nova previsão se deve ao aumento dos preços das commodities e à recuperação do consumo doméstico após a pandemia.

Para a região como um todo, o crescimento será de 3,2% e de 4,6% em 2023. “A recuperação económica está em andamento na maioria dos países do leste asiático e do Pacífico ”, declarou a vice-presidente do Banco Mundial para a região, Manuela Ferro. Mas, apesar da melhoria nas previsões, o banco afirma que a desaceleração da economia mundial começa a ter forte impacto na diminuição da procura e nas exportações da região.

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