08 julho 22
Feiras

Bebiana Rocha

From Portugal reforçou marca sustentável na PV

Com menos afluência que em Fevereiro mas com clientes mais focados no negócio, a Première Vision fechou portas esta quinta-feira e o têxtil made in Portugal reforçou a sua posição de vanguarda sustentável e inovadora na produção europeia. Quanto à antecipação do evento, que costumava ser em setembro, as empresas dizem “nim”.

“Globalmente esteve menos gente, mas as reuniões que tínhamos agendadas aconteceram, recebemos visitas dos clientes regulares e alguns clientes novos”, resume Hélder Rosendo, o Business Manager da TMG, a gigante têxtil que desta vez teve acoplada à MGL, o seu rebento mais jovem focado numa oferta integrada para a alguns clientes especiais de vestuário outwear com peças confeccionadas.

Durante os três dias de feira deu-se conta sobretudo da falta de italianos, para o que Nuno Cortinhas, da Lima & Companhia, avança uma explicação. “A afluência não foi tão grande e a mudança das datas de setembro para julho pode ter influenciado. Como é muito próxima à Milano Única os clientes ou vão a uma ou a outra”, conclui o Diretor Técnico da Lima & Companhia, que relata ter notado também a falta dos clientes nórdicos.

Embora não fossem tantos como em Fevereiro, “o que se nota é que os visitantes são desta vez muito profissionais. Chegam com planos concretos e para fechar negócios”, contou Miguel Máximo, da TMR Clothing, destacando “que dos primeiros quatro contactos que tivemos, dois vinham dos EUA e com vontade de concretizar encomendas”.

Também por parte da Lemar, a CEO Manuela Araújo  admite “um terceiro dia de feira mais parado, se bem que os restantes foram movimentados e com diversidade de mercados mas, ainda assim, abaixo da expectativa”.

Desta PV, a Fitecom traz  sobretudo reforçados os laços com os seus clientes: “recebemos os nossos clientes habituais de Espanha, Inglaterra, França e Holanda. Posso dizer que esteve a 90% daquilo que era no pré pandemia. Depois do arranque, tivemos sempre movimento”, afirma o CEO João Carvalho.

Opinião idêntica expressou também o administrador da Penteadora. “A feira correu bem, estamos a voltar à normalidade, recebemos maioritariamente clientes europeus, mas também alguns de fora Europa o que é sempre bom”, resume José António Teixeira.

Nestes três dias da PV, a par do destacado Fórum From Portugal dedicado à produção sustentável,  o têxtil português fez-se representar por uma forte comitiva de mais de meia centena de empresas, no seu grosso enquadrada na comitiva do projeto From Portugal.

A participação das empresas portuguesas PME na PV Paris é uma iniciativa da Selectiva Moda e da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, que visa promover a internacionalização das empresas portuguesas da área da Moda. O projeto From Portugal é co-financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020 através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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