Sucesso português inspira o têxtil do Brasil

A capacidade de reinvenção, inovação e adaptação da ITV portuguesa é apontada como exemplo para os fabricantes brasileiros. A newsletter da Febratex mostra que o Made in Portugal é hoje símbolo de prestigio e qualidade e um modelo de inspiração para a indústria do Brasil.

“Nos últimos anos, a indústria têxtil em Portugal atingiu novos recordes de exportações”, ganhando mais visibilidade, apostando em novos métodos para se diferenciar dos seus concorrentes, e “num contexto de intensa crise interna e externa”, recuperou dos danos a partir de 2008: “sete anos depois, o país voltou a ganhar reconhecimento internacional”, reconhece a Febratex, a organização brasileira especializada na promoção de feiras.

A evolução muito positiva dos têxteis nacionais é extensamente analisada pela newsletter da Febratex – que organizou há cerca de um mês a Febratex Summit, onde estiveram vários responsáveis da ATP e alguns empresários portugueses – que afirma que “o investimento na qualidade da confecção foi o principal fator para reanimar a indústria têxtil portuguesa”.

“Portugal apresenta um custo de produção inferior aos seus concorrentes, trazendo mais aspectos positivos para a negociação com clientes e fornecedores. Sem contar que o país se empenha muito em oferecer serviços extras aos clientes, como a criatividade em cortes, modelos e acabamentos, oferecendo peças únicas”, refere ainda a Febratex.

“A indústria têxtil portuguesa destaca-se pela variedade de produtos”, a que se acrescenta “velocidade de fornecimento e comunicação, principalmente em comparação com as marcas concorrentes no segmento”.

A Febratex destaca ainda que “o ‘Made in Portugal’ levou bastante tempo para alcançar o prestígio que vem recolhendo nos últimos anos pela sua alta qualidade”, ao mesmo tempo que a indústria demonstrou “alta capacidade de resistência aos fatores adversos, mostrando-se eficiente na adaptação, reinvenção, reestruturação e inovação”. “Esses são critérios fundamentais para quem pretende inspirar-se no progresso português”, concluiu a empresa.