17 fevereiro 22
Confeção

Cláudia Azevedo Lopes

Soeiro sem mãos a medir para responder às encomendas

Se ainda dúvidas houvessem sobre o regresso à produção à Europa e das vantagens  para a ITV nacional, a Soeiro aí está para provar que esse é um movimento já está em curso. A empresa não tem dúvidas de que a procura que tem sentido nos últimos meses é motivada não só pela proximidade mas também pela qualidade do Made In Europe.

Uma procura que cresceu tanto que a única preocupação que a empresa tem neste momento é mesmo encontrar costureiras para executar as encomendas. “Estamos com muito trabalho e com muita dificuldade em encontrar gente para trabalhar, principalmente costureiras. Penso que a oferta formativa devia ser reforçada nesse ofício para conseguirmos contornar o problema, porque o cliente está de facto a regressar à Europa e é um tipo de cliente que interessa porque não se importa de pagar pelo produto, como é o caso da Suíça e da Holanda”, explica Cristina Basaloco.

“Chegam cá e perguntam logo: a produção é portuguesa? E as matérias-primas? E o algodão? Querem tudo Made In Portugal!”, conta a responsável da empresa de confeções que neste momento emprega 100 trabalhadores e trabalha a 100% para a exportação.

França, Holanda, Inglaterra, Bélgica, Suíça e Alemanha são alguns dos mercados da Soeiro, que trabalha exclusivamente em regime de private-label. “Pontualmente, fazemos também algumas parcerias, ou seja, em vez de sermos nós a apresentar um modelo, o cliente apresenta o design de um produto que quer fazer e nós fazemos”, explica Cristina.

O algodão orgânico, os linhos e o tie-dye estão a ser os produtos com mais procura por estes dias no stand da empresa no Modtissimo, mas de facto toda a oferta sustentável da Soeiro, atestada pelas certificações OEKO-TEX, tem muito sucesso junto dos clientes. Tanto que nos últimos anos, em plena pandemia, a empresa nunca deixou de crescer.

“Nunca estivemos em lay-off. Para além disso, com o Covid aumentou a procura pela produção portuguesa e como os nossos produtos são de gama média-alta, continuaram a ser consumidos, é um mercado que não cai com tanta facilidade. Assim como o online, muito forte também entre os nossos clientes, que também cresceu imenso”, completa Cristina Basaloco.

Partilhar