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A Smartex é uma startup que pode poupar milhões de euros à indústria têxtil: a empresa está a desenvolver sensores, câmaras e acelerómetros que, através de sistemas de visão computacional e de inteligência artificial, podem detetar defeitos nos tecidos logo a partir da tecelagem. A solução já está a ser testada nas fábricas da Rifertex e da João António Lima Malhas, ambas em Barcelos.
Segundo conta o jornal ‘Dinheiro Vivo’, após quatro anos de desenvolvimento, a plataforma acaba de entrar num programa de aceleração de hardware e recebeu um investimento de 221,1 mil euros. As primeiras vendas vão começar ainda este ano.
“Podemos reduzir os defeitos na produção para 0%. Este sistema evita a perda de tempo de produção, de milhões de euros em material, de desperdício de pessoal – que não consegue ser totalmente eficiente – e poupando o ambiente”, destaca Gilberto Loureiro, um dos fundadores, em declarações ao ‘Dinheiro Vivo’.
O sistema deteta todo o tipo de defeitos nos fios de tecido, mesmo na lycra, “um dos mais problemáticos da atualidade e que muitas vezes escapa ao olho humano porque a espessura deste fio é substancialmente mais fina do que um fio normal. A sua deteção muitas vezes só acontece quando já é tarde demais”.
A Smartex consegue ainda que as imagens recolhidas na linha de produção “possam servir como prova caso uma empresa de confeção vá parar à justiça” por causa dos defeitos na produção. A tecnologia está a ser utilizada na fase de tecelagem mas também pode servir para outras fases, como a tinturaria e a estamparia.