02 janeiro 23
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SIMB35: têxtil e moda perderam 23% do seu valor em bolsa

A guerra na Ucrânia, o aumento dos custos da energia e a inflação foram alguns dos motivos que influenciaram a evolução muito negativa dos gigantes do sector têxtil e da moda nas bolsas internacionais: nos 12 meses de 2022, o índice SIMB35 perdeu 23,8%.

Só em dezembro, o índice informal que reúne as principais cotadas do sector perdeu mais 2,3%. No acumulado do ano, o índice perdeu 25.902 pontos, o que representa uma das maiores derrapagens do mercado: em 2022, o Ibex35 registou uma queda de 5,6%, enquanto o norte-americano Dow Jones caiu 8,7%.

O SIMB35 teve um desempenho em 2022 muito negativo: atingiu o seu recorde histórico em dezembro de 2021 e a partir daí esteve em declínio, apesar de alguma recuperação pontual: 7,8% em janeiro e 12,9% em fevereiro, para conseguir recuperar em março (5,1%). Voltou a cair em abril (3,87%) maio (6,73%) e junho (1,16%). Em julho, o índice voltou a recuperar (13,5%), mas por pouco tempo: caiu novamente em agosto (5,29%) e setembro (8,44%). Recuperou 3,6% em outubro e 11,4% em novembro, para finalmente fechar dezembro em baixa de 2,3%.

As piores quedas verificaram-se na Asos (menos 78,4% no ano), seguida pela Boohoo (71,5%) e Zalando (53%). As norte-americanas VF Corporation e Adidas também registaram fortes quedas (62,2% e 49,6%, respetivamente). Na grande distribuição, a H&M fechou 2022 com uma desvalorização de 36,9%, enquanto a Gap caiu de 36%. No caso da Inditex, a derrapagem foi de 12,9%. O luxo foi o sector que menos sofreu: a LVMH caiu 6,4%, enquanto a Tapestry e a Hermès caíram 6,2% e 5,9%, respetivamente.

Do lado positivo, destaque para o aumento do valor em bolsa da Burberry (1,2%), Chow Tai Fook (11,6%) e Hugo Boss (13,5%). A Fast Retailing registou uma subida de 23,3%, enquanto a Adolfo Domínguez cresceu 6,05%. Destaque ainda para a Esprit (mais 18,3%).

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