T
O SIMB35, índice informal que agrega as empresas cotadas dos sectores da moda, disparou para uma valorização de 11,37% em novembro, mês da Black Friday – que para os analistas foi o motivo que explica a subida.
O efeito cambial também jogou a favor do SIMB35 em novembro, pois, sem contar com o impacto do câmbio, a alta teria sido de 11,31% no período de 31 de outubro a 2 de dezembro. No mesmo mês, o Ibex35 subiu 6,2% e o Dow Jones 4,77%.
A subida do SIMB35 em novembro é a segunda maior até agora este ano, que tem sido marcada por uma evolução oscilante – subidas e descidas constantes – dos grandes grupos de moda cotados nas bolsas internacionais.
Depois de o SIMB35 ter atingido um recorde histórico em dezembro de 2021, o índice começou 2022 com uma queda de 7,8%. Em fevereiro, coincidindo com o início da guerra na Ucrânia, caiu mais 12,9%.
Já no terceiro mês do ano subiu inesperadamente 5,1% , mas voltou a cair em abril (menos 3,87%). Maio e junho foram igualmente negativos (em 6,73% e 1,16%, respetivamente), mas, mais uma vez de forma inesperada, em julho ganhou força com uma alta de 13,5%. Agosto e setembro, com quedas de 5,29% e 8,44%, voltaram a ser negativos para a moda em bolsa – tendo voltado a cresceu 3,6% em outubro.
O crescimento registado em novembro foi alavancado por três grandes grupos de distribuição: PVH, Esprit e Gap, que dispararam em bolsa 39,3%, 37,7% e 32%, respetivamente. Apenas duas das 35 empresas que compõem o índice evoluíram para baixo em novembro: a Fast Retailing (menos 1,08%) e a Falabella (menos 17,5%).
Com as exceções da H&M, Inditex, Boohoo, Adolfo Domínguez e Chow Tai Fook, as demais operadoras registaram crescimentos a dois dígitos. Os grupos de origem norte-americana tiveram um desempenho particularmente positivo no período: a Bath&Body Works aumentou 30,5%, a Capri 28%, a Macy’s 25.9% e a Guess 25,1%.