26 abril 22
Comércio

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Retalho de luxo continua concentrado na China

Em 2021, a China foi o único país onde o número de novas aberturas de lojas de retalho de luxo registou um aumento significativo quando comparado com o período pré-pandemia: com mais 55%, o país continua a ser o mercado mais promissor para este tipo de artigos. A uma enorme distância, verificou-se um aumento de 3% na Austrália e na Nova Zelândia.

Segundo um estudo da consultora Savills – a 4ª edição a Savills Global Luxury Retail 2022 – o resto do globo passou por uma retração do segmento do luxo: na América do Norte (menos 14%), na Ásia (excluindo a China, menos 10%) e na Europa (menos 14%). No Médio Oriente e na América Latina, o número de novas aberturas de lojas dedicadas ao retalho de luxo manteve-se estável quando comparado com 2019.

Esta redução “ficou a dever-se às restrições impostas às viagens internacionais que obviamente se refletiu no volume de turistas que viajaram para a Europa. Também o facto de o mercado de retalho de luxo na Europa ser mais maduro, face ao mercado chinês, fez com que as perturbações na mobilidade transnacional e no movimento internacional de capitais tivessem um maior impacto no velho continente”.

Nick Bradstreet, Head of Asia Pacific Retail da Savills, explica que “fortes vendas domésticas na China, a par de oportunidades limitadas para viagens transfronteiriças e de uma rápida recuperação económica, impulsionaram o aumento do número de retalhistas de luxo nos últimos 12 meses. Esta reorientação nos gastos deverá persistir, sob a influência de um conjunto de medidas governamentais para revigorar o consumo interno, incluindo a expansão de operações duty free”.

Os três maiores grupos de marcas de luxo – LVMH, Kering e Richemont – foram responsáveis por 41% do volume total de novas aberturas de lojas de luxo em 2021 a nível global, face aos 33% de 2019. Com a atividade de aquisições e fusões destes grupos nos últimos 12 meses, é expectável que esta preponderância seja consolidada.

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