T
A quebra generalizada de encomendas associada a uma crise interna no fornecimento de energia está a preocupar as empresas do Bangladesh, que é, depois da China, o segundo maior exportador mundial de vestuário. As quebras nas encomendas são significativas e as perspetivas para ultrapassar o problema não são as melhores.
São as consequências do abrandamento global da procura, de que o site Business of Fashion apresenta como exemplo a gigante Plummy Fashion, que fabrica para grupos como Inditex e PVH Corp, que em julho registou uma quebra homóloga de 20% nas encomendas.
O diretor operacional da empresa, Fazlul Hoque, explica que à medida que a inflação sobre “os retalhistas, tanto na Europa como nos EUA, estão a adiar as entregas de produtos finalizados ou a atrasar novas encomendas, o que para nós tem um impacto muito sério”.
Uma tendência que é transversal a toda a indústria têxtil do país, a braços com uma crise energética que tem também afetado a entrega das encomendas. Mais uma vez como exemplo, é citado o caso do Standard Group, fornecedor de marcas como GAP ou H&M, onde a solução tem passado pelo recurso a geradores, que garantem a produção algumas horas por dia mas cujo custo acaba por ser três vezes superior ao normal consumo de eletricidade.