22 fevereiro 21
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Quatro voltas ao mundo com os elásticos da Lunartex

Pelas razões que se conhecem, 2020 foi um ano atípico para todos mas para a Lunartex foi também ainda por mais uma. É que por entre o impacto inicial da pandemia e a rápida reorientação do sector para a produção de EPI, a empresa acabou a produzir uma média de 18 milhões de metros por mês, o suficiente para num ano dar mais de quatro voltas ao globo terrestre. Com um investimento de 500 mil euros para se adaptar ao setor da saúde, a empresa de Guimarães acabou por fechar contas com uma faturação a rondar os 7 milhões, quase duplicando os resultados de 2019.

“Foi um ano muito bom em números, mas muito desgastante e que preferia não repetir”, assume a Diretora Geral, Lara Ribeiro, que depois dos cerca de 7 milhões de euros de 2020 espera faturar este ano “um pouco acima dos números de 2019”, quando a Lunartex andou à volta dos 4 milhões.

Desde sempre dedicada à produção de elásticos e passamanarias, a empresa que fornece fitas, fitas elásticas, elásticos e cordões para as grande marcas de moda, viu de repente boa parte da ITV entrar-lhe literalmente pelas portas adentro à procura das fitas e elásticos para os EPI (Equipamentos de Proteção Individual).

No início, quando começaram a cair as anulações de encomendas, a Lunartex ainda chegou a fazer uma breve paragem – “para ver no que dava” -, mas logo os clientes desataram a pedir material para aos EPI. “Ainda em março começamos a adaptar a produção para o sector hospitalar, um investimento de 500 mil euros que em Abril já estava operacional”, explica Lara Ribeiro.

Nas contas finais, a produção para o sector saúde acabou por pesar cerca de 50% da facturação e a gestora dá mesmo por assente que esta é uma área que veio para ficar. “No futuro pode representar 10 a 20% da facturação”, admite.

E se normalmente a empresa fazia uma média mensal de 5 milhões de metros, 2020 acabou por puxar a produção de fitas elásticas para uma média de 18 milhões. Ou seja, nos doze meses do ano seriam 216 milhões de metros de fita elástica, o suficiente para dar mais de quatro vezes a volta à terra (40.000 km de perímetro). Lara Ribeiro nunca o imaginou, mas ri-se quando se constata que a Lunartex tem até capacidade para atar o mundo.

 

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