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A presença de Pedro Cilínio, secretário de Estado da Economia, na Première Vision Paris serviu para que o sector – e nomeadamente o presidente da ATP, Mário Jorge Machado – lhe transmitisse preocupações “sobre a incerteza que carateriza o futuro do sector” no imediato. Com a inflação a implicar uma forte redução das encomendas, as ajudas provenientes do Portugal 2030 são uma ‘almofada de ar’ que importa fazer chegar ao terreno quanto antes.
“A visita do secretário de Estado permitiu-lhe um conhecimento mais aproximado do que é a realidade do sector têxtil e dos desafios que se lhe colocam”, no quadro “de uma das mais importantes feiras” do panorama internacional.
Dos empresários, Pedro Cilínio ouviu as preocupações face à incerteza que pelo menos o primeiro semestre de 2023 trará, mas também as dúvidas que ainda se mantêm face ao programa Portugal 2030: os fundos de apoio à internacionalização e à descarbonização não podem continuar a chegar com atraso às empresas.
Até porque, referiu Mário Jorge Machado, as empresas do sector têm que estar financeiramente preparadas para serem parte ativa nos nichos de mercado em que a incerteza já está a ser deixada para trás. E deu um exemplo bem representativo: “nos últimos três anos, as vendas a retalho nos Estados Unidos cresceram 28,75% em termos acumulados; na Zona Euro, no mesmo período, cresceram 1,65%. Um diferencial de 27,1 pontos percentuais…” A mensagem é clara: o que o sector espera do Governo é que prepare um arranque bem sucedido do Portugal 2030.