07 julho 23
Feiras

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PV III: O mantra zero da Albano Morgado

Zero tinturaria, zero corantes. Este mantra zero é a alma da gama Ecolife que a Albano Morgado apresentou no seu stand na Première Vision que se distinguia da concorrência ao pôr à disposição dos visitantes uma suculenta mesa mobilada com vinhos e iguarias portuguesas, onde, como é óbvio, não podia faltar o Queijo da Serra e os bolinhos de bacalhau.

“A ideia é reter os potenciais clientes. Se estivermos todos ocupados, eles, em vez de irem embora, ficam à espera, entretidos a beber um copo ou a petiscar qualquer coisa”, explica Albano Morgado, com a cara aberta num sorriso.

A gama Ecolife assenta em características básicas muito simples, sendo constituída por tecidos de lã virgem nas cores naturais das ovelhas, o branco e o castanho. Zero tinturaria, zero corantes.

“A principal novidade que trouxemos a Paris é também a mais antiga: a pura lã. A lã é um produto natural, biodegradável. Mais sustentável não existe”, sintetiza o empresário, acrescentando que a coleção é quase integralmente produzida com fibras naturais: lã e algodão, as misturas de lã e algodão ou algodão e linho.

Atendendo à decadência do fato tradicional e da gravata, o foco da Albano Morgado está no blazer e em linhas mais casuais e de sportswear.

A Albano Morgado fechou 2022 com um volume de negócios de 6,4 milhões de euros. Este ano as coisas estão muito mais calmas, pelo que a expectativa para este ano é que as vendas caiam para os seis milhões. Mesmo assim superiores aos 5,3 milhões faturados em 2019, o último ano antes da pandemia.

“Este abrandamento é transversal a todos os mercados. O ano passado os clientes repuseram os stocks o que levou a um aumento anormal da procura. Agora estamos a assistir a uma correção natural”, diz Albano Morgado, que já tem em laboração plena a nova tinturaria que implicou um investimento de 2,5 milhões de euros.

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