12 julho 23
Sustentabilidade

Maria Monteiro

Parlamento Europeu adota novas regras para poupança de energia

O Parlamento Europeu (PE) aprovou as novas metas propostas pela Comissão Europeia para a redução de 11,7% do consumo de energia até 2030, a nível da União Europeia (UE), articuladas com as projeções do Cenário de Referência 2020. As novas metas estão destinadas também a melhorar a segurança energética.

No âmbito do Pacto Ecológico Europeu, as novas regras, já negociadas com o Conselho da UE, preveem que, até 2030, os Estados-membros, precisam de economizar em média 1,5% ao ano. A poupança anual de energia começará com 1,3% no período até o final de 2025, e atingirá progressivamente 1,9% no último período até o final de 2030.

As metas de poupança devem ser alcançadas através de medidas locais, regionais e nacionais, em diferentes sectores – por exemplo, administração pública, edifícios, empresas, centros de dados, etc – que no seu conjunto agreguem uma poupança no consumo final de energia de 1,9% ao ano. Os Estados-membros devem também assegurar que pelo menos 3% dos edifícios públicos sejam transformados, todos os anos, em edifícios com necessidades quase nulas de energia ou edifícios com emissões nulas. A diretiva estabelece igualmente novos requisitos para sistemas de aquecimento urbano eficientes.

“A crise energética ainda não acabou. Não há garantia de que os próximos invernos serão tão amenos quanto o anterior. Nos próximos sete anos, temos de realizar as mudanças estruturais necessárias Estou muito feliz por termos conseguido levar os Estados membros a metas de eficiência energética muito mais ambiciosas. Isso é crucial para que não dependamos mais da energia russa no futuro e possamos cumprir nossas metas climáticas. A votação é uma grande vitória; não é apenas bom para o nosso clima, é também mau para Putin”, afirmou num comunicado Niels Fuglsang, membro socialista dinamarquês do Parlamento Europeu.

O PE aprovou a legislação por 471 votos a favor, 147 votos contra e 17 abstenções, tendo ainda de ser aprovada pelos ministros ministros da UE, antes de entrar em vigor.

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