02 janeiro 22
Sustentabilidade

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O futuro verde da moda pronuncia-se em português

A sustentabilidade é a maior oportunidade de crescimento das empresas de moda e a indústria têxtil portuguesa posiciona-se na vanguarda da produção neste movimento. Um artigo de fundo publicado na última Revista Expresso, explica-lhe como e porquê o made in Portugal se tornou um trunfo em termos de qualidade e sustentabilidade.

Com o título “o futuro veste verde”, são seis páginas de informação sobre a mudança de paradigma que está a acontecer no mundo da moda, com Portugal na primeira fila. Um movimento verde que começou a ganhar corpo com a Global Fashion Agenda de Copenhaga, em 2018, avançou com o Fashion Pact, na cimeira do G7 em 2019, e faz com que hoje em dia não haja marca de moda que não tenha o seu projecto de sustentabilidade, num caminho que já não tem retorno, como demonstra o artigo assinado pela jornalista Patrícia Barnabé.

António Gonzalo, sócio da consultora Mackinsey, responsável pelo relatório anual The State of Fashion para o site Business of Fashion, não tem dúvidas de que Portugal é um dos países beneficiários deste movimento verde no mundo da moda: “tem uma grande tradição no fabrico de têxteis, e nos últimos anos o made in Portugal tornou-se um trunfo significativo em termos de qualidade e sustentabilidade”.

Além da tradição em fibras como o Burel, agora recuperado pela Burel Factory, o trabalho cita também o desenvolvimento de novos tecidos técnicos e inteligentes de elevada performance. “Não é raro encontrar estas peças made in Portugal nos Jogos Olímpicos, nas grandes maratonas o competições de ciclismo, mas também nos fatos da NASA”, refere-se, adiantado que são fabricados por empresas como P&R têxteis, Telfar, Lemar, A. Sampaio, Pafil, Somelos, LMA, TMG, Riopele, Fitecom, Impetus ou Lasa, entre muitas outras.

O artigo dá ainda conta de que Portugal tem também uma face inovadora como produtor de tecidos a partir do fio, alguns feitos à base de urtiga dos Himalaias ou de caule de rosa, como é o caso da Somelos, mas também empresas como RDD, Adalberto ou A. Sampaio já criam têxteis a partir de desperdícios da fruta, enquanto a Riopele criou a marca Tenowa para o desenvolvimento de tecidos sustentáveis com base em resíduos têxteis e agro-alimentares.

São ainda citadas as novas fibras têxteis à base de cortiça desenvolvidas pela Têxteis Penedo, os tingimentos naturais da Tintex, apontando também ao iTechStyle Green Circle, o showcase de sustentabilidade que tem levado aos mais importantes fóruns internacionais todos estes exemplos de inovação sustentável com a marca made in Portugal.

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