30 setembro 22
Comércio

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Novo normal? Retalho aumenta vendas mas sacrifica lucros

As grandes empresas do retalho parecem ter descoberto uma saída para a pressão inflacionista: na tentativa de estancarem a queda das vendas devido ao aumento dos preços, optaram por sacrificar as margens. Resultado: o volume de negócios aumenta e os lucros diminuem. Nike e H&M juntam-se ao grupo.

A gigante americana de moda e equipamentos desportivos encerrou os três primeiros meses do ano (fechado em 31 de agosto) com vendas de 12.687 milhões de dólares (sensivelmente o mesmo em euros) e lucro de 1.468 milhões de dólares. Feitas as contas, o volume de faturação aumentou 4% e os lucros diminuíram 22%, com a margem bruta a fixar-se nos 44,3% – 220 pontos base abaixo em relação ao mesmo período do ano passado.

“Continuamos a gerir a volatilidade”, disse John Donahoe, CEO da empresa, citado por comunicado. Mas o grupo afirma que “os resultados do primeiro trimestre prepararam o terreno para mais um ano de forte crescimento”. Resta saber em que tópicos do balanço.

A sueca H&M encerrou os nove primeiros meses do ano (de dezembro a agosto) com um aumento homólogo de 13,3% nas vendas, mas uma queda de 30% dos lucros: 14.766 milhões e 192,8 milhões de euros, respetivamente. A margem bruta situou-se em 51,1% nos primeiros nove meses do ano, face aos 51,8% do mesmo período de 2021.

A saída da Rússia “teve um impacto significativo nas nossas vendas e lucros”, disse a CEO da H&M, Helena Helmersson, em comunicado. na margem bruta”, que se situou em 51,1% nos primeiros nove meses, face a 51,8% do mesmo período de um ano atrás.

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