Bebiana Rocha
Nesta edição 60+2, os visitantes vão poder encontrar uma nova exposição logo no átrio de entrada: a ‘Vestir Português’, organizada pela Associação Portugal à Mão e Associação Between Parallels, em parceria com a ASM, com o objetivo de dar a conhecer o têxtil artesanal português e mostrar de que forma se mantém presente.
“Vamos tentar fazer uma retrospetiva do artesanato e da moda, partindo do traje à vianesa e passando pelo bordado de Castelo Branco, tecelagem de Montemouro, as rendas do Faial dos Açores, rendas de bilros de Vila do Conde e Peniche”, explica Graça Ramos, presidente da direção da Associação Portugal à Mão, em declarações ao T Jornal.
“Queremos mostrar de onde partiram as tradições e dar exemplos de abordagens contemporâneas às mesmas, por exemplo as capas de honra mirandesas eram feitas antigamente por alfaiates e atualmente são feitas por mulheres de Miranda do Douro que incorporam a técnica em mochilas e até têxtil-lar”, exemplifica.
A exposição irá contar a história dos vários territórios com recurso a trajes físicos mas também suportes de texto, fotografias e até visitas guiadas, para que não falte contexto aos visitantes.
“Precisamos de tratar um bocado melhor a nossa história têxtil, talvez sejamos o país europeu com mais património têxtil. Queremos com esta exposição tirar as coisas do museu e trazer para o público, seja ele entendedor, estrangeiro ou escolas”, completa Marita Setas Ferro, presidente da direção da Associação Between Parallels, que está a coordenar a parte das abordagens mais contemporâneas.
“Penso que é interessante para os estrangeiros perceberem o nosso património. Todos os têxteis sustentáveis, capacidade inovadora, não surgiram do nada, há um património que justifica a capacidade e qualidade do made in Portugal e queremos com a exposição fazer essa ligação”, conclui.