22 julho 21
Sustentabilidade

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Moda precisa de ganhar transparência sobre a sustentabilidade

O Fashion Transparency Index 2021 (Índice de Transparência da Moda 2021), que acompanha 250 das maiores marcas de moda do mundo e acaba de revelar o seu mais recente relatório, confirma que o sector precisa de ganhar rapidez na resposta aos desafios da transparência – nomeadamente em relação à sustentabilidade das suas operações.

Segundo o documento, as maiores marcas de moda alcançaram uma transparência média de apenas 23% quanto às suas práticas de sustentabilidade, incluindo as emissões de carbono, a gestão de resíduos têxteis e as práticas relacionadas com os colaboradores. O relatório salienta ainda que a maioria das marcas atribui pouco significado à sustentabilidade da sua cadeia de valor: cerca de 99% não divulgam números relativos aos fornecedores.

Embora 62% das marcas publiquem dados sobre emissões de carbono, apenas 26% revela a sua pegada ecológica relativa ao processamento e produção e 17% indicam dados sobre as matérias-primas que utilizam.

Por outro lado, mais de um terço das marcas declara publicamente os progressos na redução do uso de embalagens plásticas virgens, mas apenas 18% divulgam o percentual de têxteis derivados de combustíveis fósseis que continuam a utilizar na produção. As práticas face à pandemia de Covid-19 também estão na penumbra: apenas 3% divulgaram o número de trabalhadores que foram afetados.

O índice é baseado em informações divulgadas pelas maiores marcas de moda do mundo sobre suas políticas, práticas e impactos ambientais, sociais e de governação corporativa. O relatório indica que as empresas que obtiveram as melhores pontuações globais são a OVS, H&M, The North Face e Calvin Klein, com a Roxy, Max Mara, Tory Burch e Tom Ford a agregarem os piores resultados.

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