18 outubro 21
Logística

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Matérias-primas vão continuar a faltar até meados de 2022

A subida dos preços veio para ficar e as operações logísticas internacionais só irão normalizar a partir o segundo semestre de 2022. Até lá vão faltar matérias-primas, uma situação que tende ainda a complicar-se com a aproximação ao Natal, como advertem os transitários e agentes de navegação.

“Acho que estamos a viver o  maior período de stress na cadeia logística, o mundo nunca enfrentou nada de parecido com isto”, diz o diretor-geral da Agepor – Associação Portuguesa dos Agentes de Navegação, Belmar Costa, em declarações ao jornal Público, adiantando que mesmo depois da normalização não é expectável que os preços regressem aos níveis que se verificavam antes da pandemia.

É que o contexto adverso não vai desaparecer: falta de navios, falta de contentores, falta de motoristas, o Brexit, os custos energéticos e o aumento dos preços dos combustíveis vão continuar a incidir sobre a formação dos preços dos transportes.

Paralelamente, a falta de matéria-prima para algumas indústrias continuará a verificar-se: “vai faltar matéria-prima para as indústrias laborarem, como já se está a ver nos semicondutores. E relativamente aos preços duvido que alguma vez venham a normalizar”, reforça por seu lado o presidente da Associação dos Transitários de Portugal, António Nabo Martins.

Tudo porque, explica a noticia do Público deste domingo, a procura de fretes internacionais está em alta, com centenas de navios à espera de poderem descarregar contentores nos maiores portos do mundo. Ora, como perante o pico de procura motivado pelo aligeiramento do confinamento pandémico não determinou o regresso das tabelas de preços pré-pandemia, estes responsáveis consideram que o aumento dos preços veio para ficar.

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