16 junho 21
Importações

T

Máscaras da China deixam governo alemão em apuros

Vários lotes de máscaras compradas à China por mil  milhões de euros estão a ser um grande embaraço para o governo da Alemanha, uma vez que não cumprem os requisitos para serem usadas na Europa. O ministro da Saúde terá sugerido que fossem distribuídas por grupos de sem-abrigo e outros setores carenciados, o que está a desencadear uma forte crise no seio do governo.

É, mais uma vez, a prova de que muitas vezes o barato pode sair bem caro. O mau negócio com a importação made in China foi feito na primavera de 2020, mas as máscaras nunca chegaram a sair dos armazéns onde foram depositadas e um ano depois continuam a ser um grande embaraço para o governo.

As notícias falam de um muito mau negócio para a Alemanha, dado o preço elevado para a sua qualidade. Depois de ter sido colocada a hipótese de serem, pura e simplesmente, destruídas, o jornal Der Spiegel revelou estes dias que o ministro da Saúde, Jens Spahn, terá proposto que os lotes made in China fossem distribuídos por grupos de sem abrigo e outros setores de beneficiários de apoios sociais.

Os factos desencadearam de imediato uma tempestade política, com o governo a encarar fortes críticas não só da oposição como dos mais diversos setores da sociedade alemã. Até dentro do próprio governo têm chegado os pedidos de demissão do ministro da saúde.

Segundo o Der Spiegel, as máscaras de qualidade duvidosa têm a classificação chinesa KN95 e não obedecem às normas FFP2 europeias, o que obrigaria as autoridades alemãs a submetê-las a análises antes da sua distribuição.

Partilhar