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A única forma de a União Europeia não perder a corrida tecnológica com as regiões que dominam a tecnologia e a sua investigação mais apurada é manter a indústria interna em funcionamento. Ou seja, é preciso dar à indústria uma razão de ser, diz Mário Jorge Machado, presidente da ATP.
“Quando deixamos de ter indústria, deixamos de ter inovação. Dizer que não temos indústria mas vamos inovar é uma ideia sem futuro. Por isso é tão importante reindustrializar a Europa”, considera Mário Jorge Machado, que em declarações ao jornal Expresso afirmou ainda que “é a única forma de não perdermos o pouco que ainda temos por cá”.
Para o presidente da ATP, esta é a única forma de bater a concorrência que, segundo o jornal, está agora a tomar forma na China, a segunda maior economia do mundo – que tem investido milhões e milhões para suplantar os restantes concorrentes.
O jornal britânico The Guardian afirma que o Ocidente está a perder a corrida tecnológica para a China, já à frente dos Estados Unidos “em quase todos os campos”. Um estudo do Australian Strategic Policy Institut indica que até em áreas como os nanomateriais ou a biologia sintética, a China está a “posicionar-se como a principal superpotência científica e tecnológica do mundo”.
É esta tendência que importa contrariar em termos de União Europeia e isso só acontecerá, como afirma Mário Jorge Machado, se a reindustrialização não for apenas um ponto de uma agenda política que fica sempre esquecida.