30 dezembro 22
Indústria

T

Mário Jorge Machado: o têxtil português no topo do mundo

“Por razões históricas”, a região de Famalicão é o epicentro da indústria têxtil portuguesa, um exemplo mundial de adaptação “à economia circular” que resultou da confluência virtuosa “de contar com uma população jovem, uma tradição empresarial sólida e uma ligação eficaz entre a Universidade, a indústria e os centros tecnológicos”, disse Mário Jorge Machado a um programa digital belga.

O presidente da ATP participava num dos mais recentes programas da série francesa ‘Clin d’Oeil sur le Monde!’, da autoria de Thierry Perouse e Antonio Buscardini, dedicada ao tema ‘Au cœur du textile portugais’, disponível, entre outras, na rede social YouTube.

Mário Jorge Machado explicou a revolução que o sector têxtil português soube antecipar face aos seus concorrentes – aos mais próximos e aos que estão do outro lado do globo, na Ásia – através da aposta na “investigação e na inovação”, que permitiu transformar uma indústria ancestral e necessariamente envelhecida num polo de modernidade, de eficácia, de capacidade de resposta e de criação de riqueza.

Neste contexto, “a indústria têxtil incorpora agora tecnologia que a aproxima da economia circular” de uma forma que a coloca numa posição de relevo mas também de liderança a nível mundial.

Para exemplificar na prática as palavras do presidente da ATP, a realização da série deslocou-se ao grupo TMG, onde um dos seus responsáveis, Pedro Silva, diretor de Investigação e Inovação, explicou de que forma é possível acabar com o desperdício através da sua reutilização para novos materiais. Usando o exemplo dos fios de pesca em fim de vida, Pedro Silva mostrou o ciclo de vida ‘infinito’ que o grupo soube encontrar para um material que tradicionalmente se via a apodrecer sem préstimo junto à rebentação das ondas. “Estamos preparados para os desafios de amanhã”, concluiu.

Partilhar