25 outubro 21
Sourcing

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Marcas de topo estão a voltar-se para produção portuguesa

As alterações nas cadeias de abastecimento e de custos de transporte, mas também o facto de a produção nacional não se ter desviado da sua aposta na circularidade e na sustentabilidade, menosprezando a competitividade pelo preço, transformaram o nosso país no lugar certo para onde estão a convergir as grandes marcas do luxo internacional.

Lançando a pergunta ” porque estão a marcas de topo e de streetwear a voltar-se para Portugal?” a revista Page publica um extenso trabalho concluindo que “a produção de têxteis na Ásia não diminuiu desde a pandemia, mas as exportações têm sido um problema, para além da produção de qualidade. Portugal sentiu as suas cadeias produtivas abrandarem durante este período, mas manteve-se fiel à sustentabilidade dos seus processos. Mais importante ainda, Portugal posicionou-se como uma potencial capital da indústria têxtil sustentável numa altura em que a moda está a mudar”.

Neste contexto, “o MODTISSIMO, feira de tecidos de moda para produtores têxteis e de negócios de moda” mostrou “a união como um sinal de resiliência”: “Portugal tornou-se o paraíso dos materiais naturais, têxteis mais finos e processos sustentáveis de produção de moda”. “O MODTISSIMO está a impulsionar um ritmo mais estável e um tipo de negócio ético, convidando as marcas a desafiarem os seus canais habituais para a aposta numa melhor execução de produção com materiais sustentáveis e menos atrasos”.

A revista enfatiza ainda que Portugal ultrapassa outros concorrentes regionais que, bem implantados em termos de indústria e de internacionalização, não cumprem importantes funções sociais, tanto em termos de legislação como de modus operandi das empresas. Polónia e Turquia, por exemplo, “têm problemas muito para além dos têxteis”.

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