07 Janeiro 20
Indústria

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JF Almeida e Campos & Campos montam fábricas no Paraguai

Um investimento a rondar os 5 milhões de euros por parte da JF Almeida e outro de 6 a 7 milhões da Campos & Campos estão a ser anunciados no Paraguai para a montagem de unidades fabris destas duas têxteis portuguesas destinadas à produção para o mercado sul-americano.

A “aposta de duas das maiores empresas têxteis de Portugal” naquele país foi dada a conhecer pelo presidente da ADIRI – Agência de Desenvolvimento e Integração da Região de Itaipú.

As novas fábricas das duas empresas portuguesas serão montadas na zona industrial de Hernandarias, região de Alto Paraná, um complexo de 400 hectares que está ser montado por capitais coreanos. Trata-se do Parque Industrial Jung Il Engineering SA, um complexo com capacidade para acolher 200 indústrias de diferentes áreas programado para entrar em funcionamento em Novembro deste ano.

A notícia dos investimentos das duas têxteis portuguesas foi avançada pelo jornal La Nación, na edição a última quinta-feira, dia 2 de Janeiro, que junta até uma foto da reunião de Miguel e Luís Campos, administradores da Campos & Campos, com as autoridades locais.

“O presidente da ADIRI, Juan Barboza, confirmou a aposta de duas das maiores indústrias têxteis de Portugal na zona industrial de Hernandarias para a montagem de duas unidades fabris que se dedicarão à confecção, especificamente de meias, toalhas, lençóis e afins, cujos investimentos se aproximam dos 12 milhões de euros”, explica aquele jornal.

Juan Barboza estima ainda que as duas novas fábricas comecem a operar no segundo semestre de 2020 e que num primeira fase “cada uma deverá empregar umas 100 pessoas, que a médio prazo irá aumentando progressivamente”.

A notícia adianta ainda que sendo a JF Almeida uma referência no sector têxtil-lar (stand na Heimtextil, na foto) a Campos & Campos especializada no fabrico de meias, ambas estarão também interessadas num projecto de produção local de algodão.

“Um projeto apresentado pela ADIRI numa reunião com representantes da região este, empresários e cooperativas, para desenharem em conjunto o ressurgimento do ouro branco paraguaio, o cultivo de algodão no departamento de Caaguazú”, avança o La Nación, concluindo que os empresários portugueses não só utilizariam o algodão local na sua produção, “mas também para exportar para os mercados europeus, onde esta matéria prima é mais procurada e valiosa”.

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