Maria Monteiro
A Inditex, gigante galega da distribuição de moda, tem vindo a diminuir a sua exposição à produção externa na sequência da alteração das cadeias de abastecimento potenciadas pela pandemia e pelas tensões sociais nos mercados asiáticos: no fecho do exercício de 2021, o volume de negócios nas suas fábricas próprias aumentou 50% face a 2020, para 1.170 milhões de euros.
O aumento do volume de negócios nas suas unidades de produção, que atualmente operam em dez fábricas, todas localizadas na Galiza, mais concretamente, em Arteixo e Narón, responde ao aumento das vendas do grupo em 2021. Assim, a Inditex, fundiu as fábricas de Hampton e Confecciones Fíos, que encerraram o ano com receitas de 138 milhões de euros, e absorveu a empresa Samlor, que teve um volume de negócios de 116 milhões. A Denllo é a maior fábrica do grupo, com um volume de negócios de 331 milhões de euros em 2021, mais do dobro do valor de 2019.
A Stear fechou o ano com vendas de 239 milhões de euros, enquanto a Zintura e a Glencare registaram receitas de 129 milhões e 128 milhões, respetivamente. Todas as fábricas aumentaram as suas receitas, exceto Choolet, Comditel e Confecciones Goa, que registraram quedas de 16%, 13% e 11%, respetivamente.
De acordo com as contas do grupo publicadas, nos primeiros nove meses do ano de 2022, a Inditex fechou a sua atividade industrial com um volume de negócios de 23.055 milhões de euros, mais 19% do que no mesmo período do ano anterior. Por sua vez, o lucro líquido situou-se em 3.095 milhões de euros, um aumento de 24%.