15 setembro 22
Empresas

Ana Rodrigues

Inditex cresce antes de enfrentar a tempestade

Contrariamente às previsões dos analistas, a Inditex fechou o primeiro semestre do ano (a 31 de julho) com recorde de vendas e de lucros. Entre fevereiro e julho – período marcado pela eclosão da guerra na Ucrânia e pela escalada da inflação – o maior grupo de distribuição de moda do mundo aumentou as suas vendas em 24,5% e os lucros dispararam 41%.

A companhia registou um lucro bruto de 1.794 milhões de euros, o que significa um crescimento de 41%, comparativamente com 2021 e de 16,5% quando comparado o período homólogo de 2019. O crescimento do primeiro trimestre de 2022, tanto de vendas como de lucro, é superior ao registado em 2019. Quanto à margem bruta, ascendeu aos 57,9% das vendas, a maior nos últimos sete anos.

Para 2022, a empresa espera uma margem bruta estável (aproximadamente cinquenta pontos base). As despesas operacionais aumentaram 20% e, portanto, inferiores face ao aumento das vendas. O resultado operacional bruto (EBITDA) da Inditex aumentou 30% no semestre – para 4.029 milhões de euros, que incluem a provisão de 216 milhões feita no primeiro trimestre para refletir as despesas extraordinárias estimadas para o ano inteiro na Rússia e na Ucrânia.

No entanto, no início do terceiro trimestre (de 1 de agosto a 11 de setembro), as vendas da Inditex desaceleraram ligeiramente, apresentando um crescimento de apenas 11% em relação a 2021 – que foi período recorde.

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