T
O volume é cada vez menos o objetivo dos gigantes globais do setor da moda e a prova disso é que a Inditex conseguiu fechar o terceiro trimestre do ano (de agosto a outubro) com os melhores resultados desde 2014, alavancados na margem e não nas vendas.
No trimestre em referência, a dona da Zara conseguiu melhorar a margem bruta em três décimas em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo os 60,8%. É, assim, o conjunto de três meses mais lucrativo do ano para o grupo.
“As eficiências geradas permitiram manter as despesas operacionais sob estrito controlo durante os primeiros nove meses de 2019”, afirmou a empresa em comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV). O aumento das margens também foi acompanhado por uma redução nos stocks pelo segundo trimestre consecutivo.
A Inditex veio perdendo margem entre 2014 e 2017, depois de, no terceiro trimestre de 2014, ter atingido uma margem bruta de 61,2%, que veio a depreciar-se desde então, tendo chegado aos 59,4% no terceiro trimestre de 2017.
A evolução é, no entanto, melhor no caso da Inditex do que em seus grandes concorrentes: a sua margem bruta excede dez pontos a da sua grande rival, a sueca H&M, que no terceiro trimestre de 2019 alcançou uma margem de 50,8% (meio ponto a mais que no mesmo período do ano anterior).