18 julho 22
Marcas

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H&M deixa a Rússia e perde 190 milhões de euros

A sueca H&M, número dois global do retalho de moda, anunciou ter iniciado o processo para deixar definitivamente o mercado russo, onde mantinha as suas lojas temporariamente fechadas desde 2 de março passado. A empresa prevê que a decisão terá um custo extraordinário de 189 milhões de euros.

“Após uma análise cuidadosa, vemos que é impossível continuar os nossos negócios na Rússia, dada a situação atual”, disse Helena Helmersson, CEO da H&M, em comunicado. Como parte do processo, a empresa reabrirá temporariamente as lojas para liquidar as existências.

O impacto financeiro será incluído nos resultados do terceiro trimestre do ano, refere ainda o comunicado. A H&M chegou à Rússia em 2009 e no início de março tinha 168 lojas naquele mercado, que geravam 3,9% do volume de negócios do grupo.

No segundo trimestre do ano, a empresa anunciou que o fecho da operação na Rússia custaram cinco pontos percentuais no crescimento projetado para o exercício em curso. O grupo já indicou que o seu objetivo é “garantir um encerramento responsável das operações” e apoiar todos os seus colaboradores no país.

A empresa sueca junta-se assim a outros grupos internacionais que também desistiram da Rússia após a eclosão da guerra na Ucrânia, como foram os casos da Nike e da Mango.

A H&M encerrou o primeiro semestre do ano com um aumento de 20% nas receitas totais, para os 9.716 milhões de euros, altura em que registou 365 milhões de resultados líquidos, praticamente o dobro do verificado no mesmo período do ano anterior.

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