21 outubro 22
Indústria

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Guerra na Ucrânia traz produção da Lacoste à Goucam

Com fábricas em Viseu, Castelo Branco e Arganil, a Goucam salvou a produção da Lacoste que estava concentrada na Ucrânia e que a invasão russa tornou inviável. A disponibilidade e flexibilidade da empresa trouxe-lhe várias marcas francesas e alemãs para dentro de portas, cobrindo a ausência da Inditex.

José Carlos Castanheira, presidente da empresa, conseguiu garantir, conta o jornal Eco, uma encomenda de blusões que a Lacoste tinha previsto colocar numa fábrica de confeções na Ucrânia. A marca francesa aceitou a mudança para Portugal e a encomenda revelar-se-ia apenas a primeira de outras: calças e casacos para a próxima estação já estão em carteira.

Com cerca de 400 trabalhadores, dos quais 285 estão em Viseu, a Goucam conseguiu já este ano outro cliente em França, um mercado que passou a representar 15% do negócio total – a mesma quota que é assegurada pelo mercado alemão, onde conta, entre os clientes, com a Hugo Boss.

Os novos clientes vieram ocupar o lugar deixado vago pelo grupo Inditex, que “falhou muito com as compras no início deste ano”, conta José Carlos Castanheira ao Eco. Mesmo continuando a ser o mais representativo, o peso do mercado espanhol caiu de 85% para 50% da faturação em menos de um ano.

O grupo faturou 16 milhões em 2019, mas caiu para os dez milhões em 2020, tendo apenas recuperado ligeiramente para os 11 milhões no ano passado. Este ano, antevê aproximar-se dos 12 milhões de euros.

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